Elizabeth Holmes tinha tudo para ser uma nova bilionária do Vale do Silício. Abandonara o curso de química na Stanford, vestia jeans e gola rolê preta como Steve Jobs e trazia uma ideia revolucionária: e se houvesse uma máquina que, com uma gota de sangue, nos desse o diagnóstico de todas as doenças que ameaçam a humanidade? E se cada farmácia tivesse uma delas? Seria a revolução de todo o sistema de saúde. Holmes apresentava esse futuro com olhar azul etéreo, magra, alta e loira. Investidores bilionários como Rupert Murdoch e estadistas como Henry Kissinger investiram nela. Criou-se uma megaempresa, avaliada em bilhões de dólares, em Palo Alto: a Theranos. O nome da máquina? Edison. Porque seria a nova lâmpada, entende?
Artigo
Na ciência, a mentira tem perna curta
Existe um sistema constante de checagem de resultados, que não permite que fraudes se sustentem por muito tempo
Cristina Bonorino