Cientistas nunca se lançam a investigar a natureza sem um plano. Tudo precisa ser pensado, calculado, visando à máxima probabilidade de sucesso. Não existe bola de cristal; a experiência nos ensina que o futuro resulta de uma combinação de fatos e estratégias. Com hipótese forte, baseada em evidências, a primeira parte do projeto é um levantamento: qual a principal pergunta que precisa ser respondida para que se avance no conhecimento. A seguir, o método: a engenhosidade na abordagem de investigação passa pelo domínio de tecnologia. Na terceira parte, antecipamos não só os resultados, mas como proceder caso estes sejam diferentes do previsto. Muito importante é o orçamento, justificando cada reagente e equipamento solicitados. Finalmente, o cronograma: planejar cada etapa de execução, distribuindo pessoal e recursos nas atividades ao longo do tempo. Por que não fazemos o mesmo com quem elegemos, cobrando um consistente plano de ação? Com estratégia, orçamento e cronograma? Por que a competência e os fatos parecem irrelevantes?
Crônica
Projeto
Governos e câmaras de representantes podem ser de direita ou esquerda, o que importa é se são democráticos; se representam a população; se há competência e projeto
Cristina Bonorino