Uma das seções de que gosto de ler na Nature é o que publicaram há 100 anos. Recentemente, resgataram um artigo de 22 de agosto de 1918, exaltando um avião que levou quatro pessoas da Inglaterra para o Egito. O autor maravilha-se com a possibilidade de viagens aéreas entre países, discutindo seu grande potencial comercial. Era o fim da I Guerra Mundial, e a humanidade daria um gigantesco salto tecnológico. Contudo, cem anos depois, existem aqueles que defendem que a Terra é plana. Como elas explicam que os hoje corriqueiros planos de voo dos aviões precisam considerar a curvatura da Terra para traçar seu curso e velocidade, e alcançar seu destino? Vivemos num mundo altamente tecnológico, e a maioria das pessoas não entende como as tecnologias funcionam – Carl Sagan dizia isso. Mas existe uma diferença entre não entender algo e negar-se a aprender.
Crônica
O melhor antídoto
A principal mensagem dos livros de Siddhartha Mukherjee é a capacidade humana de conquistar o que não entende
Cristina Bonorino