Vários leitores escreveram para saber o que penso da polêmica causada pelo Liceu Franco-Brasileiro, tradicional colégio particular do Rio de Janeiro, quando comunicou aos pais dos alunos a decisão de incentivar o que chamam de "linguagem inclusiva", adotando para isso “estratégias gramaticais de neutralização de gênero" [sic]. A intenção, segundo o comunicado, seria combater o machismo e o sexismo representado, por exemplo, pela regra que impõe o uso do masculino plural para designar grupos mistos de homens e mulheres, substituindo a desinência O ou A por um E neutro — daí a curiosa expressão do título.
O Prazer das Palavras
Nossa língua não é machista; machista é a nossa sociedade
É na carga semântica que as palavras carregam que vai transparecer o viés sexista, mas não na estrutura íntima do idioma
Cláudio Moreno
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