As últimas informações dão conta de mudanças radicais no Centro de Treinamento do Grêmio. Além do técnico Renato e do vice-presidente de futebol Antônio Brum, mais quatro profissionais foram desligados ainda nesta segunda-feira (9).
Preparadores de goleiros e físicos foram demitidos e dão conta do tamanho das mudanças que serão feitas no clube. Os fatos mostram que o diagnóstico das lideranças do Grêmio é de terra arrasada, e veremos uma nova ordem a partir de agora. A Gestão Guerra vai mudar o caminho.
A forma de Renato comandar o Grêmio nos últimos anos tinha a simbologia de um comando paralelo no Centro de Treinamento Luiz Carvalho. O próprio treinador dizia que o presidente comandava a Arena e ele o CT, e essas mudanças parecem ser muitos maiores do que podíamos imaginar.
Alberto Guerra assume a responsabilidade desta transformação e mexe em todos as escalas do departamento de futebol. As trocas demostram a insatisfação com o trabalho e a procura por um resultado muito diferente do que foi realizado nos últimos meses.
A última reformulação do vestiário foi feita pelo presidente Romildo Bolzan e demitiu, a pedido de Renato, profissionais criados no Grêmio, como o preparador físico Rogério Dias e o preparador de goleiros Rogerião.
Na época, o zagueiro Walter Kanneman criticou fortemente a decisão e a mudança foi ineficaz. Na prática, a medida deu apenas mais poder ao técnico Renato, que indicou a maioria dos profissionais que chegaram depois disso. Desta vez, o caminho de Alberto Guerra foi completamente diferente.
As próximas medidas devem avançar ao grupo de jogadores, que também sofrerá sérias mudanças. O Grêmio precisava desta medida e os torcedores precisam entender o que ela representa. O presidente Alberto Guerra e os seus pares de direção merecem um voto de confiança pela coragem e pela necessidade de se encontrar com uma forma diferente de fazer futebol.
Não é todo dia que vemos uma intervenção tão complexa, com a saída do vice de futebol, do treinador, dos profissionais da comissão e de muitos jogadores do grupo, e isso demostra a conexão da cúpula do Grêmio com a torcida. A crítica não era apenas de fora para dentro e a “terra arrasada” é resultado de um diagnóstico de todos os gremistas.