O Grêmio encerra a temporada de forma melancólica. Depois de iniciar o ano com grandes ambições, o time acabou sofrendo muito os efeitos da enchente e precisou comemorar, a duas rodadas do final do Brasileirão, a permanência na Série A. Agora, no entanto, o clube começa a projetar o próximo ano e precisa responder, com urgência, cinco questionamentos que preocupam o torcedor tricolor.
1. Com ou sem Renato?
De 2010 para cá, todos as gestões do Grêmio, em algum momento, tiveram Renato no comando. Duda Kroeff, Paulo Odone, Fábio Koff, Romildo Bolzan e Alberto Guerra contrataram (ou renovaram) o técnico ídolo e esse modelo de trabalho dominou o clube por mais de uma década. Neste momento, no entanto, existe grande contestação e o clube precisa resolver qual será o seu caminho. Essa é a primeira resposta que o Grêmio precisa ter.
2. Quantos reforços o Grêmio terá para 2025?
O trabalho do Grêmio em 2024 foi tão contestado que os jogadores também sofreram com isso. Praticamente todo o grupo de atletas sofre críticas e poucos nomes, de um total de mais de 30, deixam o ano aprovados pela torcida. Com isso, será preciso uma ampla reformulação e o Grêmio deve responder, de fato, quantos nomes deverão ser novidade em 2025. O número de reforços é uma das perguntas fundamentais do clube neste final de ano.
3. O que será da relação com a Arena?
O ano foi, mais uma vez, de conflito entre Grêmio e Arena. Desta vez, a enchente escancarou ainda mais a fragilidade da relação entre clube e gestora do estádio. O tricolor precisa, de uma vez por todas, indicar para o torcedor qual será a conduta em relação a isso. O Grêmio perde engajamento com essa situação e, no longo prazo, isso pode ser terrível para o clube. Essa situação precisa, mais do que nunca, de uma solução.
4. Como o Grêmio vai conter o avanço da dívida?
A dívida do Grêmio foi amplamente discutida neste espaço na última semana. Nos últimos anos, o tricolor tem feito prejuízo atrás de prejuízo e isso fragiliza o clube. No mesmo sentido, o Grêmio tem utilizado um expediente que, ano após ano, não tem trazido grandes resultados. O clube contrata muito e os jogadores, em percentual muito grande, acabam não gerando resultados técnicos ou financeiros. Os jovens que são vendidos das categorias de base, felizmente, aliviam as finanças, mas não o suficiente para resolver o problema. Essa resposta, por tudo, deve ser respondida. O Grêmio precisa de um plano para conter o avanço da dívida. O que se fez até agora deu errado.
5. Seria a hora de partir para SAF?
O mercado do futebol brasileiro foi invadido por capital externo. Clubes como Bahia, Botafogo, Vasco e outros já recebem números importantes e isso tem causado um desnível grande, sobretudo na hora de negociar contratações. Essa pergunta, por isso, precisa também de uma resposta urgente. Qual será o caminho do Grêmio diante deste quadro? Vamos seguir no atual contexto ou buscar uma solução abrindo para investidores e mudando o regime do clube? Está na hora de definir isso.
Sempre no final de um ano temos uma tendência a pensar no que fizemos e no que vamos fazer, pois o Grêmio precisa responder o que quer para o seu futuro. Essas respostas valem muito e não podemos mais adiar situações tão importantes que valem, inclusive, a perenidade de uma paixão que movimenta milhões de pessoas.
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