A coerência, por vezes, é extremamente irônica. E, no futebol, todos os dias ela te apresenta difíceis soluções. Em tempo de contratações e muitas especulações, os discursos se repetem e, neste momento, um deles atormenta o torcedor gremista.
A falta de dinheiro e a busca por criatividade transformou uma das palavras do Grêmio em algo muito batido por aqui. Nas últimas temporadas, esse discurso foi recorrente no Inter e todos sabem o resultado disso. A ideia de que o grupo é suficiente para enfrentar o Estadual, que não existe pressa para contratações ou que a janela do meio do ano pode fazer a diferença, foi algo dito repetidamente pelos dirigentes colorados e, curiosamente, estamos vendo a mesma linha de pensamento no lado gremista.
O curioso é que o exemplo do Inter não é vitorioso. Se é verdade que na última janela o Inter agregou bons nomes, devemos lembrar que em outras o resultado não foi satisfatório. O Grêmio, por exemplo, também fracassou na janela do meio do ano. O clube não conseguiu agregar qualidade ao time de Renato, algo que poderia ter dado o título nacional ao tricolor.
Portanto, as notícias que surgem sobre jogadores que pode aparecer por aqui em julho — e muitos podem ser ótimos nomes —, nos remete ao projeto do Inter e a coerência nos chama a atenção. O que era ruim para eles, obrigatoriamente, também será ruim para nós. O Grêmio precisa pensar em time para 2024. O ano que pode mudar o patamar de qualquer clube. Disputar o Mundial deve ser a prioridade absoluta e, para isso, o grupo (e o time) precisa ser montado agora.