Os últimos resultados do Grêmio determinaram algumas críticas do torcedor ao trabalho da diretoria a até mesmo ao técnico Renato Portaluppi. Essa relação expõe uma das grandes verdades do futebol. A relação entre ambição, exigência e cobrança.
Quando Alberto Guerra e sua diretoria assumiram o clube, a incerteza era o principal sentimento. Como fazer para um clube que retornava da Segunda Divisão e estava com dívidas importantes ser competitivo? Essa era a principal pergunta dos torcedores e isso indicava que a ambição do clube em 2023 seria de um ano de sobrevivência.
Com o tempo, com reforços, com a renovação de Renato e com a chegada de Suárez, o Grêmio mudou de patamar de forma muito rápida. Ganhou o Gauchão, evoluiu na Copa do Brasil e fez muitos pontos no início da Série A.
Com isso, claro, a exigência aumentou e a cobrança passou a fazer parte deste dia a dia. Os 45 pontos para permanecer na Primeira Divisão deixaram de ser a prioridade. A relação do clube com os resultados passou a ser outra.
E voltamos ao título deste texto. Ambição e cobrança caminham abraçadas no futebol. O Grêmio de "ontem" foi aplaudido pelos reforços e seria exaltado por estar na quarta colocação do Brasileirão. Já o Grêmio de "hoje" vira alvo de críticas por não estar em segundo na tabela e a torcida cobra por mais reforços nesta janela. Assim é o mundo do futebol e a relação da torcida com o seu clube.
Não pensem que isso é um erro ou um problema. Quanto maior um clube, maior ele precisa ser. Quem vive o Grêmio sabe que não existe um limite definido. É preciso sempre querer estar além do céu.