Pelo menos 19 pessoas morreram no Chile devido aos incêndios florestais que colocam em situação de emergência a região de Valparaíso e outras partes do centro e do sul do país, informou neste sábado (3) a ministra do Interior, Carolina Tohá.
— São 19 pessoas falecidas (...) todos os corpos foram retirados — disse a ministra, advertindo que esse balanço pode aumentar nas próximas horas.
Esse balanço "é provisório", porque ainda não é possível ingressar nas outras áreas também arrasadas pelas chamas, complementou Tohá, acrescentando que 15 das vítimas fatais já foram identificadas.
O presidente do Chile, Gabriel Boric, declarou estado de emergência para concentrar recursos no auxílio às vítimas. Segundo Tohá, há ainda cerca de 90 incêndios ativos em território chileno.
— A prioridade está nos incêndios na região de Valparaíso, devido à sua proximidade com áreas urbanas. Ali, basicamente, temos vários incêndios, mas dois são mais preocupantes — afirmou a ministra, detalhando que um deles é no Complejo Las Tablas, com 6,8 mil hectares, e o outro, em Lo Moscoso, Quilpué, com 1,15 mil hectares.
Todas essas áreas estão entre 80 e 120 quilômetros a noroeste da capital do país, Santiago, com empresas vinícolas, agrícolas e madeireiras. Por sua proximidade com as praias do Pacífico, a região também tem um grande fluxo de turistas nesta época.
Fogo na América do Sul
Nos últimos anos, o Chile tem sofrido grandes incêndios florestais, muitos deles em áreas povoadas. Fatores como secas prolongadas, o aumento das temperaturas e a construção sem planejamento e em locais não licenciados impulsionam este tipo de ocorrência.
Neste início de ano, incêndios florestais já destruíram 2 mil hectares de uma parque natural na Patagônia, Argentina. Na Colômbia, o governo já decretou calamidade pública por conta dos mais de 20 incêndios, inclusive próximo da capital, Bogotá.