O último boletim de balneabilidade da Fundação de Proteção Ambiental (Fepam), referente à temporada 2022/2023 e divulgado nesta sexta-feira (24), aponta dois pontos impróprios para banho no Rio Grande do Sul e 57 considerados próprios. Neste relatório, foram considerados 59 trechos pelo Estado e desconsideradas 31 áreas que costumavam ser analisadas no Litoral Norte.
Os locais inadequados no Estado para os banhistas são o Rio Piratini, no Balneário Pedro Osório, na cidade de Pedro Osório, na Região Sul; e o Rio Jacuí, na Praia do Encontro, em São Jerônimo, na Região Carbonífera.
Na semana passada, os pontos impróprios eram o Rio Soturno, no Balneário Atílio Aléssio, em Nova Palma, na Região Central, que agora foi considerado adequado, e o Rio Piratini, no Balneário Pedro Osório, que segue impróprio.
Em outros relatórios de balneabilidade, a Fepam considerava 90 pontos para banho. Mas o órgão informou que a divulgação de 31 trechos no Litoral Norte se encerrou no dia 17 de fevereiro. Entretanto, há outros locais da região que foram analisados neste último boletim e seguem adequados para banho, como a Lagoa do Horário e a Lagoa do Peixoto, ambas em Osório.
O presidente do órgão, Renato Chagas, celebrou o resultado dos boletins de balneabilidade, projeto realizado desde 1979. “Nós observamos que todos os pontos monitorados no Litoral Norte apresentaram condição própria para banho durante todo o período de veraneio. Também temos que comemorar os resultados dos balneários do Litoral Médio e Sul que, em sua maioria, indicaram condições de balneabilidade”, disse, em nota divulgada no site da entidade.
Pontos impróprios
Segundo a Fepam, para a classificação das águas como própria ou imprópria, são utilizados parâmetros relacionados às bactérias Escherichia coli (que vivem no intestino humano e dos animais), observando os critérios definidos por resoluções do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Nos balneários de Pelotas, de Tapes e na Lagoa do Peixoto, em Osório, também é realizada a contagem de cianobactérias.
As coletas e análises são realizadas pelo laboratório da Fepam em parceria com a equipe regional, que atua nos balneários do Litoral Norte. Em Pelotas, o monitoramento dos pontos da Praia do Laranjal é feito pelo Serviço Autônomo de Saneamento de Pelotas (Sanep), enquanto a Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) é responsável pelo serviço nos demais balneários abrangidos pelo programa.
Relatório do Dmae aponta um trecho impróprio em Porto Alegre
O relatório realizado pelo Departamento Municipal de Água e Esgoto (Dmae) sobre a balneabilidade das praias do extremo sul de Porto Alegre, divulgado nesta sexta-feira (24), apontou cinco pontos próprios para banho. No total, são seis trechos divididos entre os bairros Belém Novo e Lami. Portanto, apenas um está impróprio. As amostras foram coletadas no Guaíba entre os dias 1º e 22 de fevereiro. O local impróprio para banho em Porto Alegre é o posto 2 do Lami, com acesso pela rua Luiz Vieira Bernardes, em frente à primeira guarita de salva-vidas.
Confira detalhes:
Belém Novo
- Posto 1 (Praça José Comunal, em frente à garagem da empresa de ônibus): águas próprias para banho
- Posto 2 (Praia do Leblon, avenida Beira Rio, em frente à rua Antônio da Silva Só): águas próprias para banho
- Posto 3 (Praça do Veludo, avenida Pinheiro Machado, em frente à praça): águas próprias para banho
Lami
- Posto 1 (acesso pela rua Luiz Vieira Bernardes, nas imediações da segunda guarita de guarda-vidas): águas próprias para banho
- Posto 2 (acesso pela rua Luiz Vieira Bernardes, em frente à primeira guarita de guarda-vidas): águas impróprias para banho
- Posto 3 (avenida Beira Rio, em frente ao nº 510): águas próprias para banho
Recomendações da Fepam aos banhistas
- Entre na água apenas em local com condição própria para o banho
- Evite tomar banho em época chuvosa, nas primeiras 24 horas após chuvas intensas, em períodos de cheia dos rios ou em canais pluviais, saídas de córregos ou rios que afluem nas praias, pois as águas podem estar contaminadas por esgoto doméstico
- Não tome banho em locais com concentração de algas, pois podem conter toxinas prejudiciais à saúde