Mesmo com a estiagem em diferentes pontos do Rio Grande do Sul, o ano de 2021 registrou uma queda de 33% nos focos de incêndio em vegetação na comparação com o ano passado. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) apontam que de janeiro até 28 de dezembro deste ano foram confirmados 2.422 focos. No mesmo período, mas em 2020, foram 3.609 ocorrências – o maior número em 14 anos.
Em uma análise mensal dos dados do Inpe, o mês com maior número de focos de incêndio em 2021 foi agosto, com 600 ocorrências. Já o menor número de casos foi registrado em junho, com 46 casos. Em uma comparação com 2020, apenas os meses de janeiro, com 54 focos, e novembro, com 145, foram superiores neste ano.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a explicação para a redução dos números está na força da estiagem. O chefe de operações do Corpo de Bombeiros Militar (CBM), tenente-coronel Isandré Antunes, ressalta que a chuva apresentou um comportamento diferente nos últimos dois anos.
—Em 2020, a estiagem era generalizada no Estado e poucos municípios não enfrentaram algum tipo de problema. Neste ano, o fenômeno foi parcial e atingiu algumas regiões gaúchas com mais força — afirmou.
Apesar da redução das ocorrências, o alerta para ocorrências de incêndio segue mantido, principalmente, em função das altas temperaturas registradas nas últimas semanas. Somente no Litoral, desde o início da Operação Verão RS, o Corpo de Bombeiros já atendeu 87 chamados de fogo em vegetação.
— Já tivemos muitas ocorrências de incêndio próximo às rodovias. Isso ocorre, pois, as pessoas atiram garrafas de vidro e bitucas de cigarro, que acabam sendo a fonte para o início das chamas, e com o vento característico da região, o fogo se espalha — ressaltou o tenente-coronel.