Dentro de uma baia com um único ponto de iluminação, que em outros tempos serviu para acolher cavalos e cervos, duas curicacas em recuperação esperam pela liberdade. Uma delas, com a asa esquerda ferida por três tiros de chumbo, mal consegue deixar a mureta até o galho colocado estrategicamente para incentivá-la a movimentar-se. Ao ouvir vozes do outro lado da porta, ela ensaia um canto estridente, mas logo volta ao silêncio. Desde junho, a ave vinda da Serra que chegou ao Preservas – Núcleo de Conservação e Reabilitação de Animais Silvestres da UFRGS, em Porto Alegre, se recupera dos ferimentos causados pelo homem. Corre o risco de não voltar a voar.
Meio ambiente
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