
A motorista de um carro modelo HB20 morreu após ser atropelada por um ônibus a serviço da empresa Unesul nesta quarta-feira (5), na RS-407, em Maquiné, no Litoral Norte.
Conforme o Comando Rodoviário da Brigada Militar, Cilda de Lima Proença, 45 anos, se deslocava em direção a Xangri-lá quando perdeu o controle do veículo e capotou próximo a uma curva na altura do km 6.
Segundo os policiais, ela estava às margens da estrada, possivelmente para pedir socorro, quando foi atingida pelo ônibus.
O motorista do ônibus relatou que estava sem passageiros e não conseguiu visualizar a condutora em razão da falta de iluminação no trecho. Ele acionou o socorro. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) constatou a morte da vítima no local.
Após a conclusão do trabalho da perícia, o tráfego foi liberado por volta das 9h.
Quem era a vítima
Empatia e ternura são características que marcaram a trajetória de Cilda de Lima Proença. Moradora de Xangri-lá, ela deixa dois filhos.
Amigos e conhecidos, que ainda assimilam a perda recente, explicam que a técnica em radiologia era uma mãe comprometida e buscava estar presente na rotina do casal de filhos.
— Ela era sempre muito alegre, brincalhona. Era correta em tudo. Era uma mulher guerreira, que sempre batalhou para ofertar um futuro digno para os filhos — conta Sandra Hoffmann, 47 anos, amiga da vítima havia 12 anos.
Além do cuidado com a família, Cilda buscava ser uma profissional empática, transmitindo positividade aos pacientes que frequentavam a clínica de radiologia em que trabalhava em Capão da Canoa.
— Ela vai deixar um vazio. Muitas mulheres saíam do exame de mamografia precisando só de uma pessoa que transmitisse confiança, conforto e até mesmo uma palavra de carinho. A Cildinha fazia isso. Com um sorriso contagiante, abraços e palavras de conforto, ela ajudou muitas mulheres — assinala Fabiana Hoffmann, 27, que se tornou amiga da vítima havia cerca de três anos.
A clínica na qual a vítima trabalhava se manifestou nas redes sociais nesta quarta-feira, lamentando a perda da colaboradora.
"Profissional talentosa, dedicada e que espalhava carinho e cuidado por onde estava", diz trecho da primeira nota publicada.