A reunião ocorrida no Ministério Público do Trabalho entre o Sindicato dos Metroviários e representantes da Trensurb, na tarde desta sexta-feira (13), terminou sem acordo para o fim da greve e com isso os trens só funcionarão nos horários de pico no fim de semana - das 5h30 às 8h30 e das 17h30 às 20h30. Este horário seguirá enquanto durar a greve. Uma nova reunião deve ocorrer na segunda-feira.
Nenhum trem funcionou nesta sexta-feira desde o início da manhã. O diretor-presidente da Trensurb, Humberto Kasper, afirmou em entrevista ao Gaúcha Repórter que havia contingente para iniciar as operações, mas a manifestação ocorrida nos trilhos impediu que isso acontecesse. A Trensurb alega que 58% dos funcionários compareceram ao trabalho, mas a informação é contestada pelo Sindimetrô. "No setor de operação ninguém apareceu para trabalhar, não havia condições de colocar os trens em operação", afirmou o presidente do sindicato, Luis Henrique Chagas.
Nas próximas horas o sindicato irá formular uma contraproposta a ser apresentada à Trensurb para buscar uma alternativa no subsídio ao plano de saúde que sofreu reajuste, mas que é pago meio a meio entre empresa e funcionários. A Trensurb alega que não tem como aumentar a contrapartida, já os metroviários estudam um pedido de abono aos trabalhadores que tem salários mais baixos.
Passageiros reclamam da demora de ônibus
A Metroplan disponibilizou na tarde desta sexta-feira (13) mais de 400 ônibus para operar no trajeto da Trensurb. Desde a manhã de hoje, nenhum trem saiu da garagem devido à greve dos metroviários. Mesmo com o contingente reforçado, os passageiros reclamam que todos os coletivos saem lotados e as filas de esperam se ampliam.