A Apple enviou convites nesta quinta-feira para um grande evento no dia 12 de setembro em que a gigante tecnológica deve relevar o novo modelo de iPhone, no décimo aniversário do aparelho que mudou a história dos smartphones. O evento altamente aguardado vai ser o primeiro a acontecer no Teatro Steve Jobs, no novo campus futurista no Vale do Silício.
No seu estilo característico, a Apple não revelou muito no convite, que marcava data, hora, local e uma mensagem: "Vamos nos encontrar no nosso lugar".
A Apple está sendo pressionada para impressionar o público, já que a capacidade de liderança da inovação do mercado global da empresa está dando sinais de desaceleração.
– Claramente, a Apple quer fazer algo diferente para o décimo aniversário do iPhone – disse o analista do NPD Group Stephen Baker à AFP.
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Há indícios de que o novo iPhone teria uma tela de alta qualidade, de ponta a ponta, com um detalhe no topo para uma câmera extra com reconhecimento facial 3D.
Especula-se que o modelo possa ter a base de vidro e carregamento sem fio.
– Estamos esperando uma grande mudança de design da Apple – afirmou à AFP o analista da GlobalData, Avi Greengart.
– Isso tem sido um ponto complicado, especialmente na China. As pessoas estão querendo exibir um símbolo de status, então ele precisa ser diferente de um Huawei ou um Xiaomi, e eu acho que vai, sim.
A Apple se recusou a comentar as especulação, como a possibilidade de três novos iPhones, inclusive um modelo premium a partir de 1 mil dólares.
Adeus, botão!
As mudanças mais dramáticas são esperadas para o modelo premium, que pode até se despedir do botão de "home", que é a principal ferramenta de controle desde o lançamento do iPhone, em 2007.
Um toque ou deslize poderiam substituir o botão, permitindo que a tela seja mais ampla. O iPhone também poderia ganhar arestas mais arredondadas.
Os novos aparelhos serão desenvolvidos para fazer brilharem as novas funções da última versão do sistema operacional iOS da Apple.
O iOS 11 foi apresentado a desenvolvedores em uma conferência no começo deste ano, e deve ser lançado com os novos iPhones. O sistema operacional tem novas funções de câmera, a assistente digital Siri está mais esperta e há potencial para aplicativos de realidade aumentada.
O evento também pode apresentar versões atualizadas da Apple TV e do Apple Watch.
Concorrência
As vendas globais de smartphones tiveram um modesto declínio de 0,8% no segundo trimestre de 2017, com as posições consolidadas dos líderes do mercado, Samsung e Apple, segundo um estudo do escritório de análise IDC.
A Samsung vendeu 79,8 milhões de aparelhos, o equivalente a uma fatia de 23% do mercado, enquanto a Apple comercializou 41 milhões de iPhones e está em segundo, com 12%.
A terceira colocada é a chinesa Huawei, com 11,3% do mercado. Ela se aproximou da Apple, ganhando 2% do mercado em relação a um ano antes.
Na semana passada, a Samsung lançou o novo modelo do Galaxy Note, na tentativa de deixar para trás o fracasso das baterias que explodiam na geração anterior do aparelho e lançar um desafio para a Apple e o iPhone 8.
O "phablet", mistura de smartphone com tablet, Note 8 deixou alguns analistas decepcionados com a falta de novidades, além da câmera com lente dupla – já disponível no iPhone 7 Plus.
O Note 8 vai chegar às lojas em 15 de setembro.