
As amostras coletadas e analisadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP) confirmaram presença de soda cáustica na água do bebedouro de uma empresa de Canoas, na Região Metropolitana, segundo o delegado Marco Guns. Um funcionário, que não teve o nome divulgado, está preso preventivamente por suspeita de contaminar o líquido.
O inquérito policial sobre o caso deve ser finalizado até a próxima semana, informou Guns.
O caso ocorreu na noite do dia 24 de março. Câmeras de segurança registraram o momento. Nas imagens, é possível ver o homem levantando a parte superior do bebedouro e despejando um líquido que estava em uma caneca. Em seguida, ele sai do local.
Pelo menos dois colegas do funcionário receberam atendimento médico após consumirem a água com soda cáustica. Um deles precisou passar por uma lavagem estomacal.
— As duas vítimas ouvidas referem a mesma coisa: é absolutamente insuportável a ingesta desta água contaminada, nós hoje sabemos, com a soda cáustica. Ela passa queimando desde o lábio, a língua e todo sistema digestório da pessoa — afirmou o delegado.
O suspeito relatou, em depoimento à polícia, que não tinha intenção de envenenar os colegas. Segundo ele, o objetivo era "pregar uma peça" e pensava que a substância dentro do recipiente era sabão em pó. Ele também afirmou que havia um histórico de trotes entre os colegas da empresa.
A pena prevista para o crime de envenenar água potável é de 10 a 15 anos de reclusão.