
A Justiça marcou para o dia 30 de junho a primeira audiênciam do caso do médico André Lorscheitter Baptista, 48 anos, acusado de matar a esposa, em Canoas. O crime aconteceu no dia 22 de outubro de 2024. Patrícia Rosa dos Santos, 41 anos, foi morta dentro de casa no bairro Igara.
A audiência de instrução será realizada às 14h na 1ª Vara Criminal da Comarca de Canoas. Além das testemunhas, também há possibilidade de o réu depor no mesmo dia.
A denúncia do Ministério Público foi aceita pela Justiça no dia 5 de dezembro. Baptista responde pelos crimes de feminicídio e fraude processual. Ele será julgado com os agravantes da vítima ser mãe de uma criança (filho do réu); menosprezo ou discriminação à condição de mulher; emprego de veneno e também recurso que dificultou a defesa de Patrícia.
Investigação
De acordo com a Polícia Civil, Baptista colocou remédio em um sorvete para fazer Patrícia dormir. Depois, teria administrado uma medicação para que a esposa não sentisse dor e injetado outro remédio para matá-la. O laudo da perícia divulgado no dia 25 de novembro apontou presença de dois sedativos no organismo da vítima.
No dia 1º de novembro, o Samu de Porto Alegre apontou que um frasco de sedativo foi furtado durante um plantão de Baptista.
Conforme nota enviada pela Secretaria Municipal da Saúde da Capital, o furto aconteceu às 7h do dia 21, na véspera da morte de Patrícia. Neste horário, o médico estaria fazendo a troca do plantão. Ele trabalhava para uma empresa terceirizada que prestava serviços ao Samu da Capital e de Canoas.
Durante a investigação, a Polícia Civil realizou uma operação no prédio onde seria o consultório do médico. No local, que fica no bairro Petrópolis, em Porto Alegre, foram encontradas caixas de medicamentos, incluindo ampolas de sedativos e relaxante muscular. Essas substâncias teriam sido injetadas na vítima.