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Duas pessoas foram mortas e duas ficaram feridas após um ataque com um facão em Capão da Canoa, no Litoral Norte, na noite de quarta-feira (26).
A motivação para o crime foi o valor recebido pelo suspeito, de 18 anos, após ser demitido. Ele foi preso. Os mortos são a esposa e o irmão do ex-patrão do indivíduo.
Segundo a Brigada Militar, por volta das 19h45min, policiais foram acionados para irem à casa de uma família no distrito de Capão Novo.
No imóvel, eles encontraram um homem de 62 anos com uma fratura exposta no braço, além de duas pessoas mortas: a esposa dele, Seli Rodrigues Carvalho, de 49, e o irmão do ferido, Jorge Leandro Tieres Alves, de 46.
Conforme o delegado Marco Swirski, responsável pela investigação, o alvo era o homem de 62 anos – o ex-patrão do suspeito –, que chegou no imóvel com o filho após as mortes. Os dois entraram em luta corporal com o homem que teria cometido o crime.
Discussão durante um trabalho
A motivação está ligada a uma demissão ocorrida dois meses antes: o suspeito foi contratado para trabalhar com o ex-chefe na instalação de pedras naturais em paredes.
— Ele (o suspeito) não ia bem, faltava ao trabalho, e isso foi gerando desentendimentos. Um dia esse senhor (patrão) disse para o suspeito usar um martelo para ajustar uma pedra, mas ele respondeu que aquela não era sua função. Essa foi a discussão principal que gerou a motivação do crime — pontuou.
Conforme a polícia, o suspeito do crime é enteado do filho do ex-patrão.
— Como foi demitido, ele recebeu a rescisão, mas não ficou satisfeito e queria mais. Ontem (quarta-feira), ele teria ido na residência cobrar esse valor — acrescentou o delegado.
Suspeito fugiu do local
Após o crime, o suspeito fugiu do local, mas policiais do 2º Batalhão de Policiamento de Áreas Turísticas (2º BPAT) da BM o encontraram logo depois, ainda em Capão Novo, e realizaram a prisão.
O ex-patrão foi levado pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) ao Hospital Santa Luzia, em Capão da Canoa. O filho dele teve ferimentos superficiais.
A Polícia Civil não divulgou o nome do preso, mas Zero Hora apurou que ele é Luan de Moraes Santos, sem antecedentes criminais, conforme a investigação. A reportagem não localizou a defesa de Santos. O espaço está aberto para manifestação.
Conforme o delegado Marco Swirski, o suspeito será indiciado por homicídio qualificado (duas vezes) e tentativa de homicídio qualificado (duas vezes).