Um policial militar é suspeito de atirar no rosto de uma criança de um ano com uma arma de airsoft na madrugada da terça-feira (26), na zona leste de São Paulo. A criança estava com o pai em uma motocicleta quando foi atingida pelo disparo. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Estado, policiais investigados pelo caso foram afastados preventivamente das atividades.
Segundo a pasta, um homem de 29 anos carregava a filha na moto quando passou por uma viatura da PM e ouviu dois disparos. Ao ver que a criança estava ferida, o pai da menina a levou para a UPA Dr. Júlio Tupy, de onde foi transferia para o Hospital Tide Setúbal, no bairro São Miguel Paulista, também na zona leste.
A bala que atingiu a criança e as imagens das câmeras de segurança perto do local onde ocorreu o caso foram apreendidas pela polícia.
Em nota, a Secretaria afirmou que "a conduta não é aceita pela Polícia Militar e não se adequa aos protocolos da corporação".
Além da investigação instaurada no 67° Distrito Policial (Jardim Robru), foi aberto inquérito interno para apurar a conduta dos agentes de segurança. A corregedoria da PM acompanha o caso.
A airsoft é uma arma de pressão que dispara balas de plástico. Em geral, o modelo é utilizado em práticas esportivas de tiro. O armamento, segundo o delegado Gregory Goes Siqueira, do 50º DP (Itaim Paulista) de plantão onde o caso foi registrado inicialmente, não faz parte do acervo da PM de São Paulo.
— Não houve ordem de parada, não houve abordagem policial em nenhum momento. Nenhum tipo de registro, nenhum tipo de comunicação — disse Siqueira em entrevista à TV Globo.