Um recém-nascido foi levado de dentro de uma maternidade pública na madrugada desta quarta-feira (1º), no centro do Rio de Janeiro. O bebê foi retirado do local por uma mulher enquanto a mãe e a avó do menino dormiam. No início da manhã, a Polícia Militar prendeu a suspeita do sequestro em uma casa no Morro do Borel, na Tijuca, na zona norte da cidade, e resgatou a criança.
O desaparecimento aconteceu por volta de 1h40min. Imagens do circuito interno da Maternidade Municipal Maria Amélia Buarque de Hollanda mostram uma mulher circulando pelos corredores com duas bolsas minutos antes de o sumiço do recém-nascido ter sido relatado.
O bebê foi levado de volta à maternidade pouco antes das 9h, para comemoração da família e dos funcionários da unidade de saúde. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que dará maiores informações sobre o caso em breve.
De acordo com a Polícia Militar, agentes da UPP Borel localizaram o bebê durante patrulhamento no Morro do Borel. Eles chegaram à suspeita após a equipe receber uma denúncia anônima e vasculharem a área.
O avô paterno do menino, Davi Figueira, disse à TV Globo que a nora e a mulher entraram em desespero.
— O bebê tinha acabado de ser amamentado e a minha esposa tinha trocado a fralda. Ela o colocou no berço ao lado da Nívea (mãe da criança) e parece que foi algo de instantes. A minha esposa e a Nívea tiveram um sono profundo. Vinte minutos depois, quando ela acordou para olhar o bebê, ele não estava mais no cestinho — relatou o avó.
Agentes da 4ª DP foram acionados e imediatamente se deslocaram à maternidade. As entradas e saídas foram restringidas. Além de analisarem as imagens do circuito interno, os policiais também estiveram no Centro de Operações Rio (COR) e verificaram imagens de câmeras de monitoramento da prefeitura espalhadas pela cidade.
— Imediatamente, minha esposa procurou saber com as outras companheiras do quarto se alguém tinha pego ele para acalmá-lo e não. Minha esposa entrou em desespero, foi ao posto de enfermagem e detectaram o sumiço — contou o avô.
Após a criança ser levada de volta à maternidade, a avó paterna do bebê, Patrícia Cunha, mostrou-se aliviada, mas disse que a família carregará o trauma para sempre.
— É um trauma para a vida inteira para toda a nossa família, principalmente para a minha nora, para o meu filho. A gente espera que nosso país, os governantes, as forças, tomem providências para trazer mais segurança, porque a maternidade é um lugar que a gente acredita que está seguro. Ela acabou de ter um filho, não tem como cuidar, está sob cuidado de pessoas aqui. Você se deparar com uma situação dessas é desesperador, inimaginável, é inaceitável — declarou Patrícia.