A Polícia Civil identificou como Kelvin de Paula Ferreira, 20 anos, o homem que foi morto com diversos disparos de arma de fogo na noite de terça-feira (27), em Igrejinha, no Vale do Paranhana. O homicídio ocorreu por volta das 21h45min, na Rua Irena Wilma Breyer, no acesso à localidade conhecida como Saibreira 2, próximo à RS-115.
Conforme o delegado Ivanir Luiz Moschen Caliari, titular da Delegacia de Três Coroas, que responde pela DP de Igrejinha, a vítima, que trabalhava como motorista de aplicativo, estava a bordo de um automóvel GM Classic alugado junto da namorada, uma adolescente de 15 anos, a caminho de Igrejinha, quando foi abordado.
O delegado suspeita que o rapaz, que era natural de Caxias do Sul mas morava em Gramado, tenha sido vítima de uma emboscada. Segundo depoimento da namorada à Polícia Civil, o casal, que vinha de Gramado, passava pela localidade de Moreira, em Três Coroas, onde há um desvio do pedágio da RS-115, no momento em que quatro homens fortemente armados os abordaram.
A quadrilha retirou Kelvin do carro e o colocou dentro do veículo em que eles estavam, ordenando que a adolescente permanecesse no local. Ela obedeceu a ordem e ficou no veículo por cerca de meia hora. Depois disso, decidiu dirigir de volta para Gramado, onde acionou a Brigada Militar (BM).
Os criminosos levaram o rapaz até Igrejinha, onde o mataram. Conforme o delegado, Kelvin foi morto com diversos disparos de pistola calibre .40mm e de espingarda calibre 12mm, principalmente no rosto. O carro que ele alugava foi apreendido na manhã desta quarta-feira (28) e deve ser submetido à perícia. O delegado aponta que o método de execução aponta para um crime cometido por facção ligada ao tráfico de drogas.
Conforme o delegado, em agosto, a polícia apreendeu uma porção de cocaína em um compartimento do automóvel Fiat Uno, que pertencia à vítima, quando ele dirigia pela localidade de Várzea Grande em Gramado. O carro foi apreendido por irregularidades na documentação e, por essa razão, ele trabalhava com um veículo alugado. A polícia investiga se há algum tipo de relação entre a apreensão e o homicídio.
As investigações estão focadas em localizar o veículo utilizado pelos criminosos. A Polícia Civil acredita que Kelvin tenha sido atraído até a Igrejinha por meio de uma suposta entrega que teria que ser feita. Além disso, a polícia suspeita que a execução do crime em outra cidade possa ser uma estratégia para dificultar as investigações.
— Acreditamos que a vítima tenha sido atraída em direção à cidade de Igrejinha e que não foi morto na cidade dele para dificultar as investigações. Também acreditamos que os executores sejam de outra cidade. Continuamos trabalhando fortemente na elucidação da motivação e da localização dos executores — diz o delegado.