A Polícia Civil confirmou a morte do adolescente de 12 anos, que foi atingido com um tiro durante a tarde desta terça-feira (27), na zona sul de Porto Alegre. Um homem de 26 anos também morreu e outros dois, de 20 e 23 anos, ficaram feridos.
O ataque ocorreu em uma barbearia localizada na esquina da Estrada dos Barcellos com a Rua Doná Mosa, no bairro Cascata. Segundo a Brigada Militar (BM), os disparos partiram de quatro ocupantes de um automóvel Chevrolet Onix.
De acordo com a BM, as vítimas foram inicialmente encaminhadas ao Hospital Divina Providência, próximo ao local do crime, onde o homem de 26 anos morreu. Conforme a Polícia Civil, os dois mortos serão encaminhados ao Departamento Médico Legal, onde serão submetidos à necrópsia e demais exames periciais. A identificação das vítimas ainda não foi divulgada.
Os feridos, de 20 e 23 anos, foram transferidos ao Hospital de Pronto-Socorro (HPS), onde seguem internados. Foram recolhidos no local do crime e nas ruas adjacentes mais de 30 estojos.
Conforme a delegada Isadora Galian, titular da 1ª Delegacia de Homicídios de Porto Alegre, o suposto alvo dos disparos estaria dentro da barbearia e tem antecedentes.
— O suposto alvo da ação criminosa já foi investigado por esta delegacia especializada, pela prática de homicídio doloso consumado, mas sua prisão preventiva e de outros três indiciados foi indeferida pelo Poder Judiciário. A prisão cautelar, nesse caso, além de resguardar a vida de inocentes, preservaria a vida do (antes) autor, agora vítima de homicídio tentado — diz a delegada.
Segundo o delegado Thiago Zaidan, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, ainda não se sabe se o crime tem relação com a guerra entre duas facções que vêm fazendo vítimas na Capital.
— Segundo informações preliminares, os suspeitos desembarcaram do veículo e dispararam contra as vítimas — explica Zaidan.
Os disparos assustaram moradores do bairro Cascata. Alguns dos projéteis acabaram atingindo a residência de Terezinha Correa, moradora da região. Munições acertaram um porta-retrato e a cabeceira de uma das camas da casa.
— Se tivesse alguém deitado na cama, a bala teria atingido bem na cabeça — comenta a moradora.