A Polícia Civil conseguiu, através de laudos do Instituto-Geral de Perícias (IGP), identificar os dois homens que foram encontrados mortos no porta-malas de um carro na Estrada Passo do Nazário, em Cachoeirinha, no limite com Esteio e Canoas, na última quinta-feira (5). Os corpos estavam amarrados, enrolados em um cobertor e juntos a uma terceira vítima, que sobreviveu.
Um dos mortos é Maximiliano Corrêa Rodrigues, 32 anos, com cinco antecedentes criminais por roubo de veículos, dois por roubo a pedestres, três por assaltos ao comércio, dois por roubos a residências e mais três por furtos. O outro é Jair André de Quadros Figueira, de 40 anos, com sete passagens pela polícia por lesão corporal, seis registros por posse de drogas e uma apropriação indébita.
De acordo com avaliação preliminar, os dois foram mortos com golpes na cabeça, provavelmente de pedaços de madeira, além de terem marcas no pescoço que indicam asfixia por algum tipo de tecido. A perícia trabalha para encontrar digitais de suspeitos no carro, um Gol, em que eles estavam. O veículo de cor branca, com placas de Imbé, não tinha registro de furto. Não foram localizadas câmeras de segurança na região onde o veículo foi deixado.
Um terceiro homem também estava no porta-malas. Ele foi socorrido em estado grave e encaminhado a um hospital da Região Metropolitana, onde permanece, em coma. Com 25 anos de idade, este homem tem apenas um antecedente criminal, por lesão corporal. Por questões de segurança, o nome dele e do hospital em que está internado não estão sendo divulgados.
O caso, incialmente, está com a Delegacia de Homicídios de Canoas, mas pode ser transferido para a 2ª Delegacia de Cachoeirinha. O delegado Robertho Peternelli, de Canoas, diz que ainda não há suspeitos e que a motivação está sendo apurada. Uma hipótese inicial é a de desavença relacionada ao tráfico de drogas.
Segundo Peternelli, o objetivo dos autores do crime era que o carro caísse em um rio que passa pela localidade, mas o veículo atolou na estrada de chão, lamacenta devido à chuva que atingiu a região naqueles dias.
Informações sobre o caso podem ser repassadas e denúncias podem ser feitas anonimamente pelo telefone 0800 64 20 121.
