A Brigada Militar abriu inquérito para apurar a agressão de um policial contra uma mulher no município de Santa Vitória do Palmar, no sul do Estado. O caso ocorreu em abril, mas ganhou repercussão, nos últimos dias, após a divulgação de um vídeo que mostra a ação (assista acima).
As imagens, compartilhadas em redes sociais, mostram a mulher sendo agredida com um tapa no rosto por um policial militar (PM). Ela estava acompanhada por um grupo de jovens.
Segundo boletim de ocorrência registrado em 13 de maio, o grupo saía de uma festa quando os jovens foram abordados e começaram a ser xingados por dois PMs. Um deles acaba desferindo um tapa em uma das pessoas, uma jovem de 24 anos.
À polícia, ela relatou ter sido chamada de "suja", "vadia" e "vagabunda" pelo militar. Conta ainda que estava tentando ajudar um amigo, que estava bêbado e, segundo a jovem, também foi agredido.
— Estávamos indo para casa depois de uma festa. Não estávamos discutindo, fomos buscar nosso amigo que estava bêbado, porque eles (os policiais) estavam agredindo o moço com socos e chutes, porque ele estava inconsciente. E ele (o policial) começou a nos agredir verbalmente com palavras fortes — disse a mulher ao portal G1.
O 6º Batalhão da Polícia Militar, que atende a região, emitiu nota (leia a íntegra abaixo) afirmando que investiga os fatos e que os policiais envolvidos na abordagem — que não tiveram os nomes divulgados — foram afastados do policiamento ostensivo. O texto ainda cita que a BM não compactua com o erro e que a investigação será feita com total imparcialidade e isenção.
Além de registrar a ocorrência, o grupo de jovens deve procurar a Defensoria Pública nesta terça-feira (24).
Leia a nota do 6º BPM:
"Na tarde de hoje (23 de maio) tomamos conhecimento da existência de um vídeo que demonstra a prática de agressão física por parte de um policial militar, a uma mulher. Após uma verificação preliminar, constatamos que tal vídeo refere-se a ocorrência policial havida no município de Santa Vitória do Palmar no mês de Abril do corrente ano. De imediato foi determinada a instauração de um Inquérito Policial Militar para averiguação completa dos fatos e todas as suas circunstâncias, e ainda, o afastamento da atividade de Policiamento Ostensivo dos Militares envolvidos. Comunicamos que a Brigada Militar não compactua com o erro, pois estes não são ensinados nas Academias de formações da corporação. Não tenham dúvidas de que deste fato, será procedida uma averiguação com total imparcialidade e isenção como é de praxe na Instituição."