A Polícia Civil divulgou neste sábado (12) que instaurou inquérito para investigar uma quadrilha de Sapucaia do Sul que realiza furtos em veículos de luxo em Capão da Canoa e Xangri-lá — basicamente em Atlântida —, no Litoral Norte. A medida foi tomada logo após a prisão de dois suspeitos, realizada pela Brigada Militar (BM), na sexta-feira (11).
O grupo, que tem pelo menos mais dois integrantes investigados, usava um aparelho conhecido como “chapolim”, que embaralha o sinal eletromagnético dos controles de automóveis. Os ladrões levavam dos carros vários pertences, como celulares, dinheiro, joias, bolsas, entre outros.
A investigação é da Delegacia de Capão da Canoa, local onde houve a prisão dos dois suspeitos. Eles foram identificados por meio de imagens de câmeras de segurança após um dos furtos. Desde o final de janeiro deste ano, a polícia contabilizou 13 furtos em veículos nos dois municípios litorâneos que foram escolhidos pelos suspeitos para a realização dos furtos. A maioria dos casos foi atribuída ao grupo investigado.
Em um dos casos registrados e confirmados — os outros ainda seguem sendo apurados —, os policiais confirmaram que foi levado de um veículo um total de R$ 20 mil em pertences.
“Chapolim”
O modo de agir deste grupo se assemelha ao de outra organização criminosa que teve integrantes presos na semana passada. Suspeitos de Canoas usavam o mesmo equipamento, o “chapolim”, para realizar os furtos. Ou seja, eles levavam os carros e só procuravam caminhonetes de luxo L200, da Mitsubishi.
Este grupo agia em Capão da Canoa, Tramandaí, Arroio do Sal e Torres. Ao todo, três integrantes estão presos e outros dois estão sendo procurados. Além do “chapolim”, esta quadrilha de Canoas também usava outro equipamento que bloqueava o sinal de rastreadores veiculares por satélite. Pelo menos dez caminhonetes foram furtadas.
Nos dois casos, envolvendo os grupos de Sapucaia do Sul e Canoas, houve a representação pela prisão preventiva de nove suspeitos, sendo todas elas deferidas pelo Poder Judiciário. As investigações continuam e os nomes dos presos, das duas quadrilhas, não foram divulgados.