A Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) da Polícia Civil indiciou nesta terça-feira (27) um integrante de facção criminosa por ameaças a três policiais civis do Estado. Ele foi apontado como um dos criminosos que atirou rojões na casa de um dos agentes em janeiro do ano passado, no Vale do Paranhana. O ataque foi realizado a mando de um detento que atualmente está em presídio federal fora do Estado.
De acordo com o delegado Marco Antônio de Souza, responsável pelo caso, o homem indiciado tem 31 anos, é do Vale do Sinos, tem antecedentes criminais e já foi preso anteriormente por outro delito. Atualmente ele responde em liberdade por mais este crime. Sobre o ataque, que ocorreu no Vale do Paranhana, e as ameaças, a Justiça indeferiu o pedido de prisão, mas o inquérito concluído já foi remetido ao Poder Judiciário.
O nome do suspeito, bem como a cidade onde ele reside e os municípios onde as vítimas moram, não foram divulgados por que a apuração continua e também por questões de segurança.
— Estamos buscando provas para responsabilizar o mandante e os dois outros executores. Ainda, a polícia interceptou um planejamento de que membros da facção estavam se organizando para atentar novamente contra os policiais — destaca Souza.
Em setembro do ano passado, uma operação policial foi realizada contra integrantes deste grupo e houve apreensões de celulares, documentos e dinheiro que estava na casa do suspeito de coordenar o ataque e as ameaças.
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Motivo
Segundo a investigação da Core, o motivo do ataque aos policiais seria o homicídio de uma mulher em 2019, no Vale do Sinos, que culminou na prisão dos suspeitos pelos policiais hoje ameaçados.
O assassinato foi motivado por divergências entre traficantes da facção. Com a investigação do caso, outros criminosos foram detidos, causando perdas financeiras à facção. Por isso, o mandante dos crimes deu ordens para as ameaças em 2019 e para o ataque com rojões na casa de um dos policiais, em janeiro do ano passado.
Os crimes investigados no inquérito são ameaça, coação no curso de processo, tráfico de drogas e organização criminosa. A facção envolvida tem base no Vale do Sinos.