
Dejair Jorge Santos dos Reis, 46 anos, o Deja, foi identificado pela Polícia Civil como um dos três criminosos mortos pela Brigada Militar após assalto ocorrido na sexta-feira (11) ao banco Sicredi de Itati, no Litoral Norte. Em dezembro de 2012, ele era um dos oito suspeitos de explodir uma fábrica de joias em Cotiporã, na Serra. Além disso, Dejair era investigado como sendo um dos responsáveis pelo assalto da mesma agência de Itati no ano passado.
O outro criminoso morto durante confronto foi identificado pela Polícia Civil como Rodrigo Sena de Campos, com passagem pela polícia por furto, furto de veículo, receptação, formação de quadrilha e ainda constava ainda como sendo recapturado anos atrás após estar foragido. A informação sobre o nome do terceiro assaltante depende de resultado pericial por parte do Instituto-Geral de Perícias (IGP).
Sobre Cotiporã, a quadrilha que Dejair fazia parte fez reféns em um bar e depois se deslocou para a fábrica. Eles explodiram o local e realizaram o assalto. Após a fuga, houve cerco policial por mais de um dia e confronto. Ao todo, três integrantes do grupo morreram, entre eles, Elisandro Rodrigo Falcão, 31 anos. Aos poucos, os demais investigados foram sendo presos, faltando apenas Dejair. Ele foi considerado pela polícia um dos dez assaltantes mais procurados do Estado, na ocasião, até ser localizado pela Brigada Militar em agosto de 2013, na zona sul de Porto Alegre.
De acordo com o delegado João Paulo de Abreu, titular da Delegacia de Roubos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), Dejair estava sendo investigado por assaltar o mesmo Sicredi de Itati em setembro do ano passado, quando também houve reféns durante cordão humano.
— Temos algumas investigações em que ele era suspeito de ataques a banco, principalmente em 2019 e no litoral. Um dos casos foi também o de Itati em 2019 — explica Abreu.

Sobre o ataque ocorrido na sexta-feira, a polícia investiga o caso, mas já afirma que Dejair e os outros dois suspeitos não tinham mais comparsas — pelo menos no momento do roubo — e que eles pretendiam passar várias horas ou até mais de um dia no mato, já que carregavam muita comida e água, além de medicamentos. Abreu ainda ressalta que eles deveriam ser resgatados por alguns integrantes do grupo que não se envolveram diretamente com o assalto.
O trio entrou no banco por volta de 13h de sexta-feira após fazer um vigilante refém, obrigou uma bancária a abrir o cofre e, na saída, fez cordão humano com funcionários. Inclusive, foram dados tiros de fuzil para o alto. Depois, os três fugiram em um carro levando quatro reféns, incluindo o gerente da agência, e todos foram abandonados na sequência. A Brigada Militar localizou o carro usado na fuga em uma área de mata. Os ladrões foram localizados e houve confronto com vários tiros. Os três morreram no local e nenhum policial ficou ferido. O dinheiro roubado foi recuperado e foram apreendidos três fuzis calibres 556 e 762, um revólver, uma pistola, seis carregadores, três coletes, dois radiocomunicadores e um par de algemas.
Dejair tinha antecedentes criminais por roubo de veículo, sequestro relâmpago, roubo a estabelecimento comercial, posse/porte ilegal de arma de fogo, leão corporal, desobediência, roubo a estabelecimento bancário com lesões, falsificação de documento, porte ilegal de arma de fogo, receptação, apresentação de detido, disparo de arma de fogo, furto simples de veículo e rixa.