A mãe e o irmão do menino Rafael Mateus Winques, 11 anos, participarão em momentos separado da reprodução simulada dos fatos, popularmente conhecida como reconstituição, que está sendo realizada em Planalto, no norte do Rio Grande do Sul, na noite desta quinta-feira (18). A intenção, segundo a Polícia Civil, é esclarecer contradições identificadas no depoimento de Alexandra Dougokenski, 33 anos, que está presa pela morte do caçula, e do filho adolescente de 17 anos.
Em coletiva à imprensa, o diretor do Departamento de Polícia do Interior (DPI), delegado Joerberth Nunes, afirmou que primeiro os peritos reproduzirão a cena de acordo com a versão de Alexandra. Neste momento, uma outra pessoa simulará a ação do filho adolescente, conforme o relato dado pela mãe.
A mulher alegou em depoimento que ele não presenciou nada e estava dormindo no momento em que Rafael foi morto. Alexandra alega que o crime aconteceu de forma acidental, por ingestão de remédio. Ela diz que medicou Rafael com dois comprimidos de Diazepam porque ele não queria dormir e estava agitado.
Na sequência, após concluir a simulação com base no relato da mãe, os peritos vão realizar e analisar a reconstituição com base no depoimento do adolescente.
— Existem grandes contradições entre o depoimento oficial da mãe e o do outro filho. A reprodução acontece primeiro com a Alexandra e depois com o filho, para a gente poder confrontar a versão de um e de outro. Vamos trabalhar em cima das contradições — afirmou o delegado.
A previsão é que a reprodução, que será realizada pela equipe do Instituto-Geral de Perícias (IGP) se estenda por, pelo menos, três a quatro horas. Mas não há prazo determinado para o término.
— Conforme a perícia for avançando, vamos fazendo questionamentos para saber se aquilo é compatível com a realidade. Sempre que houver uma contradição, uma dúvida, vamos repetir, até esclarecer — informou o delegado.