Na turma A do 6º ano, Rafael Mateus Winques, 11 anos, sentava na primeira fila. Tinha vergonha de ler textos em voz alta, mas era excelente em matemática. Desde que retornou de Bento Gonçalves, na Serra, há três anos, estudava no Instituto Estadual de Educação Pedro Vitório, em Planalto, no Norte. Era dedicado e ao mesmo tempo um menino reservado. Falava baixo. Envergonhado, raramente pedia a palavra em sala de aula. A trégua para a timidez vinha na hora do recreio, quando enfim podia jogar futebol no campinho da escola.
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