
Morador de Tapes, o estudante Douglas Silveira Machado, 18 anos, desapareceu durante o 35º Rodeio Interestadual da Sociedade Gaúcha, em Novo Hamburgo, no último dia 30. No evento, o jovem participava de provas de laço e chegou a ser classificado para a final da categoria. Não chegou a competir na decisão e não é visto desde então.
— No sábado, foi laçar e se classificou. Postou uma foto nas redes sociais às 20h53min (de sábado). Às 21h ia começar a prova de gineteada, que assistiria da arquibancada. Depois, disputaria a taça (em laço). Foi quando lhe chamaram no microfone, mas ele não chegou. Para um amigo, ele disse que foi buscar um refrigerante e não apareceu mais – conta a mãe, a diarista Ana Rosa Silveira Barbosa, 54 anos.
Ele estava acampado no Parque de Rodeios desde o dia anterior ao desaparecimento, com amigos de Tapes. A família registrou ocorrência no dia 1º. Responsável pela investigação do caso, o delegado Marcio Niederaurer ainda não consegue apontar uma causa para o sumiço do jovem.
— Estamos em contato com familiares e pessoas que estiveram com ele. Mas seguimos sem nenhuma conclusão, nada de concreto. Ele costumava ir a rodeios, mas não a vir a Novo Hamburgo — afirma o delegado.
Douglas frequentava rodeios desde os oito anos e se destacava nas provas de laço. Em casa, a mãe guarda pelo menos oito troféus que ele ganhou. Percorria os campeonatos com o cavalo Tordilho, que tem há seis anos. No Rodeio Interestadual da Sociedade Gaúcha, estava indo pela primeira vez.
— É um rodeio muito famoso, que ele tinha vontade de ir. Acho que alguém tirou ele de dentro do parque. Não ia sair por live e espontânea vontade, sabendo que disputaria a final da prova de laço em seguida — comenta a mãe.
Na última vez que fez contato com o filho, Ana não estranhou o comportamento do jovem:
— Falei com ele pelo celular sábado (dia 30), por volta das 16h, e ele estava bem, tranquilo, rodeado de amigos de Tapes que foram com ele.
Douglas vive com a mãe e o tio. Estuda à noite e ocupa a maior parte do tempo em função do seu animal. Gosta de música gaúcha e funk, segundo a mãe.
— Só pensava em cavalo e vivia em função disso. Sempre quis trabalhar em uma fazenda. E quando pintava um dinheiro, ia para algum rodeio. Desde pequeno era muito bom em laço — conta Ana.