Polícia suspeita que líder do tráfico tenha sido morto pela própria facção em Porto Alegre

A Polícia Civil investiga quem são os autores da morte de João Carlos da Silva Trindade, conhecido como Colete, morto no início da tarde desta quarta-feira (23) na Vila Maria da Conceição, em Porto Alegre. O titular da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa, Rodrigo Reis, disse que não descarta a hipótese de que os atiradores pertenciam à própria facção criminosa de Colete, que comanda o tráfico de drogas na região. Conforme o delegado e fontes consultadas pela reportagem, alguns membros da facção estariam insatisfeitos com algumas ações de Colete no comando do grupo criminoso.

Conforme investigação, Colete não estaria repassando as devidas quantias obtidas com o tráfico de drogas para outros membros da facção. Conforme a investigação, recentemente, ele teria usado o dinheiro para promover festas e bailes funks. Outro motivo que faz a Polícia Civil não descartar que Colete tenha sido assassinado por comparsas é o fato de que o crime ocorreu em uma área de domínio da facção que ele comandava e que possui olheiros – bandidos que acompanham a movimentação na região.

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Entretanto, o delegado Reis afirmou que a hipótese de execução por criminosos de outras quadrilhas não é desprezada. Colete é suspeito de cometer homicídios e mandar matar diversas pessoas envolvidas com o tráfico de drogas.

Quatro pessoas já foram ouvidas pelas autoridades, mas não souberam informar quem eram os bandidos envolvidos na ação. Outras testemunhas devem prestar depoimento na manhã desta quinta-feira (24). O delegado Reis frisou que está buscando câmeras de monitoramento para tentar encontrar imagens que possam auxiliar na investigação. Um carro de cor escura foi visto deixando o local pouco depois do crime, mas não se sabe se há relação direta com o caso.

O crime

O crime ocorreu por volta da 12h30min, cerca de 30 minutos após Colete chegar à casa da mãe, na rua Barão do Amazonas, no bairro Partenon. Vários parentes dele estavam na residência. Dois homens ingressaram no local pelo portão da casa e invadiram a residência. Os bandidos estavam encapuzados e dispararam diversas vezes com pistolas .40 e 9mm. O filho de Colete, de 11 anos, foi atingido em um dos braços de raspão e chegou a ser atendido no Hospital de Pronto Socorro.