Agentes da 17ª Delegacia de Polícia, de Porto Alegre, percorrem as ruas do centro em busca de imagens de câmeras em estabelecimentos comerciais que possam esclarecer as circunstâncias da morte de Eduardo Custódia Dias, 35 anos, esfaqueado por volta das 5h desta quinta-feira (10), na Rua Voluntários da Pátria. O celular dele e da mulher que o acompanhava, e também ficou ferida, foram levados pelo autor do crime. A hipótese de latrocínio (roubo com morte), apesar de investigada pela polícia, ainda não é concreta, de acordo com o delegado Fernando Soares.
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Segundo ele, há pelo menos um testemunho informal de testemunhas apontando que Dias teria conversado, ou discutido, com o criminoso durante alguns minutos.
– O relato dá conta de que foram até 10 minutos conversando antes que o ataque acontecesse. Ainda estamos em busca de depoimentos que esclareçam essa situação e outros detalhes do crime. O celular foi levado, mas é possível que o roubo não fosse o objetivo inicial do criminoso – aponta o delegado.
Depois de relatar rapidamente o crime aos agentes do Departamento de Homicídios que atenderam à ocorrência, a suposta namorada de Eduardo Custódia Dias foi medicada e liberada do Hospital de Pronto Socorro (HPS) no começo da manhã. Ela contou que o crime aconteceu quando eles saíam de uma festa no centro de Porto Alegre e Dias teria se negado a entregar o celular. Os agentes da 17ª DP procuram por ela para um depoimento.
O laudo preliminar da perícia dá conta de que, diferente da informação inicial, o homem não foi atingido por 15 facadas, mas por, no máximo, seis golpes. Eduardo Custódia Dias tinha antecedente criminal por porte ilegal de arma em Eldorado do Sul. Até o começo da tarde desta quinta-feira, nenhum familiar da vítima havia reclamado o corpo no Departamento Médico Legal (DML).