A superlotação do Presídio Central - que atualmente abriga cerca de 4,8 mil em 1,9 mil vagas -, além de deixar o clima tenso na maior cadeia gaúcha, provoca reflexos no trabalho das polícias Civil e Militar durante este final de semana, na Região Metropolitana.
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O número de presos em delegacias, no Albergue Pio Buck (improvisado como local de triagem) e em viaturas bateu recorde, chegando a 269 no sábado (15). Nove a mais do que o recorde anterior, de 24 de maio. Neste domingo, houve uma pequena queda para 256 no total.
Em Porto Alegre, a situação mais crítica é no Albergue Pio Buck. No sábado, havia 86 presos e, no domingo, 81. Como a capacidade é para 45, o excedente fica custodiado em viaturas, no pátio. A carceragem da 2ª DPPA abriga 10 e, a da 3ª DPPA, seis.
Na Região Metropolitana, o caso mais grave é na Delegacia de Pronto-Atendimento de Canoas, que tem 57 homens custodiados, três a menos do que no sábado. As DPPAs de Gravataí, Alvorada, Viamão, São Leopoldo e Novo Hamburgo também abrigam presos.
A manutenção de presos em delegacias dificulta o atendimento, além de obrigar os policiais a se dividirem entre suas funções de plantonistas e a custódia. Na Brigada Militar, a situação retira PMs e viaturas do policiamento.
LOTAÇÃO NO DOMINGO
Em Porto Alegre
2ª DPPA: 10
3ª DPPA: 6
Albergue Pio Buck: 81
Na Região Metropolitana
Canoas: 57
Gravataí: 33
Alvorada: 19
Viamão: 11
São Leopoldo: 20
Novo Hamburgo: 19
Total de presos: 256