Compra de celular roubado pode resultar em até um ano de detenção 

Uma ação da Força Tarefa da Polícia Civil contra roubos em coletivos, desencadeada na manhã desta quarta-feira (21), chamou atenção para um crime dificilmente punido. A receptação de materiais roubados nestes crimes. Uma estagiária do Tribunal de Justiça – demitida logo depois da ação – será indiciada pela Polícia Civil depois de ter comprado um celular avaliado em R$ 2 mil por R$ 100.

– A doutrina tem enquadrado esse tipo de situação na chamada receptação culposa, que prevê detenção de um mês a um ano – explica o delegado Carlos Wendt, que comandou a operação.

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É quando a pessoa adquire um produto por um valor desproporcional ao preço estabelecido no mercado, ou de um vendedor sob suspeita. Diferentemente da receptação comum, que prevê até quatro anos de prisão.

– A pessoa deveria saber, pelo preço que adquiriu o produto, que é resultado de um roubo – afirma o delegado.

Segundo ele, investigações têm sido aprofundadas pela equipe da Força Tarefa para cada vez mais buscar a punição aos receptadores. Celulares estão entre os produtos mais visados pelos ladrões do transporte coletivo, mas há diversos casos de pessoas flagradas com cartão TRI carregado de créditos em nome de outras pessoas.