A investigação do assassinato do jornalista Tagliene Padilha da Cruz, 33 anos, ganhou um importante elemento na noite de terça-feira. Os investigadores da 2ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) tiveram acesso a imagens de uma câmera de monitoramento próxima ao edifício da vítima, que registrou um homem saindo do local no final da noite de domingo. De acordo com a delegada Roberta Bertoldo, o próximo passo da investigação agora será identificar este homem e apurar qual foi o percurso que ele seguiu depois de deixar o edifício.
– Ainda estamos ouvindo pessoas próximas da vítima e moradores do edifício que possam nos ajudar a formar o cenário do crime. Mas, até o momento, este é um suspeito para a investigação – aponta a delegada.
Ela não pretende divulgar as imagens neste momento para não prejudicar a apuração do crime. Segundo a delegada, ao que tudo indica, o assassino entrou no apartamento com o consentimento de Tagliene. Ainda é desconhecido da polícia, no entanto, o tempo em que ele ficou no local, onde o jornalista seria encontrado morto um dia depois. As câmeras de monitoramento do prédio na Avenida João Pessoa, no bairro Farroupilha, não estavam funcionando.
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Tagliene foi encontrado morto dentro do quarto, com marcas de agressões no rosto e na cabeça, e com o corpo enrolado em um cobertor. Um laudo inicial do Departamento Médico Legal (DML) demonstrou que o jornalista foi morto por estrangulamento. Não foi encontrado no local nenhum objeto que tenha sido usado para agredir a vítima.
O crime só foi constatado na noite de segunda-feira, quando duas amigas de Tagliene abriram o imóvel usado uma chave reserva. Os cômodos estavam bastante bagunçados e elas notaram que o notebook e o celular do amigo não estavam no local.
– Na imagem que temos, é possível perceber que o homem carrega uma sacola ou mochila. É possível que esses objetos estivessem ali dentro – acredita a delegada.
A principal linha de investigação até o momento para homicídio, e não latrocínio (roubo com morte).
– A motivação ainda está sob apuração. É possível que os objetos só tenham sido roubados como uma oportunidade depois da morte da vítima, e que esse não tenha sido exatamente o objetivo do criminoso – avalia Roberta Bertoldo.
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Eduardo Torres
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