Os negócios do tráfico de drogas na Vila Amazônia, bairro Rubem Berta, na zona norte de Porto Alegre, eram comandados em família. E, atualmente, a partir de um esconderijo. Foi lá, em Maquiné, no Litoral Norte, que os agentes da 3ª DHPP encontraram Leanderson Moraes de Oliveira, o Sapo, 36 anos, e a companheira dele, Morgana Almeida de Jesus, 26 anos, em uma ação nesta quinta-feira.
Na Vila Amazônia, os policiais completaram a Operação Rastel com as prisões da mãe e de uma irmã de Sapo. Meses atrás, o irmão dele também havia sido preso. Todos foram indiciados por organização criminosa. Sapo é ainda indiciado como mandante direto de um homicídio.
– É uma quadrilha bastante violenta que se caracteriza por eliminar os seus rivais e os delatores, mesmo dentro da comunidade. Acreditamos que agora o bando está sem comando nas ruas – aponta o delegado Cassiano Cabral, responsável pela ação.
Desde 2014, a quadrilha da Vila Amazônia é apontada pela polícia como responsável por alguns dos confrontos mais violentos no bairro Rubem Berta. Foram pelo menos duas chacinas investigadas com a participação do grupo criminoso. Agora, desde a prisão do irmão do homem apontado como líder, a polícia investiga possíveis alianças com outras quadrilhas da Zona Norte para manter o controle do tráfico na região.
O delegado não descarta que homicídios do último final de semana, como o que vitimou dois adolescentes na Vila Santa Maria na madrugada do último domingo, e o duplo assassinato de moradores daquela região quando voltavam de uma festa na manhã do último sábado, tenham relação com essas movimentações da quadrilha.
– Historicamente, eles são rivais da Vila Santa Maria. E esta é uma área com o comando também enfraquecido. É possível que os tiros contra a festa tenham sido uma forma de mostrar poder, mas ainda estamos apurando – diz o delegado.
Combate ao tráfico
Presa família suspeita de comandar o tráfico na Vila Amazônia, zona norte de Porto Alegre
Ação policial prendeu, no Litoral Norte, Leanderson de Oliveira, o Sapo, considerado o líder do bando considerado um dos mais violentos da Capital
Mariana Furlan
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