Dois suspeitos de participação na morte do pedreiro Valdoní Carvalho da Rosa, de 59 anos, tiveram a prisão preventiva decretada na quinta-feira. O morador de Portão, no Vale do Sinos, foi assassinado com dois tiros nas costas por volta das 20h do dia 15 de agosto por conta de um telefone celular. Uma terceira pessoa, que também teria envolvimento no latrocínio, terá a prisão preventiva pedida pela Polícia Civil à Justiça nos próximos dias. Foragidos, os três têm passagens pela polícia.
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Ao cumprir, nesta sexta-feira, mandados de busca e apreensão em três residências localizadas no bairro São Jorge, em Portão, a Polícia Civil apreendeu três bicicletas e encontrou peças queimadas. O titular da Delegacia de Polícia do município, delegado Ivair Matos, acredita que esses objetos podem ser das bicicletas utilizadas no crime e que teriam sido incendiados como forma de destruir provas.
Em outras duas residências foram aprendidos um simulacro de arma de fogo, duas balanças, um caderno de anotações de débitos, um veículo Monza, além de um pássaro silvestre e um galo de rinha, configurando crime contra a fauna. A bicicleta e o automóvel teriam sido utilizados na fuga.
O crime
Conforme a investigação, Valdoní teria tentado fugir a pé de três ciclistas que o abordaram na Rua 20 de Setembro, no bairro Estação Portão, em Portão, a poucas quadras da sua casa. Ao correr com o aparelho, que pertencia a um amigo, na mão, foi alvejado com dois tiros. A vítima chegou a ser socorrida pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas morreu a caminho do hospital.
Na fuga, o trio, que estava de bicicletas, também teria utilizado um Monza de cor escura para escapar. Segundo o delegado, o pedreiro entrou em luta corporal com os ciclistas.
– Inclusive, a vítima conseguiu rasgar a roupa de um deles. Não estamos medindo esforços para prendê-los – disse Matos.