Duas prefeituras gaúchas aguardam mais detalhes da investigação da polícia para decidir se irão manter o convênio com o Centro de Reabilitação Novos Horizontes. A unidade que fica no município de Arroio dos Ratos pegou fogo na madrugada de quinta-feira (21), matando sete pessoas e deixando 11 feridos.
Uma das cidades que tem convênio com o centro é Carazinho. O prefeito da cidade, Renato Süss, afirma que ainda é cedo para decidir se o contrato será rompido ou não.
"Três dos mortos eram aqui da nossa cidade. Vamos esperar as investigações da polícia, os laudos da perícia, para decidirmos o que fazer", disse.
O município de São Leopoldo também possui convênio com o Novos Horizontes. O prefeito Anibal Moacir da Silva também avalia se ira manter o contrato com a clínica.
"Alguma negligência deve ter ocorrido. É muito cedo. Vamos esperar a polícia trabalhar no caso para depois analisarmos esse convênio", ressaltou.
Em seu site, o Centro Novos Horizontes informa que possui convênios com outras prefeituras, como Torres, Bom Jesus, Cachoeira do Sul, Cruz Alta, Passo Fundo e Alvorada. Os demais municípios não confirmaram para a reportagem se o convênio ainda existe.
Investigações
O delegado responsável pelas apurações do incêndio com sete mortes no Centro Novos Horizontes, em Arroio dos Ratos, pediu a prisão preventiva dos responsáveis pelo local. Pedro Urdangarin entregou o pedido à Justiça e aguarda a decisão.
Um dos pedidos de prisão preventiva será contra o presidente da entidade, Anderson Zottis, que estava no Uruguai no momento do incêndio. O outro é contra o responsável direto pelo Centro de Arroio dos Ratos, Roberto Dolejal. Ele chegou a ir ao local durante a madrugada, mas foi hostilizado e agredido por internos que conseguiram sair do prédio sem ferimentos.
Outros três funcionários foram autuados em flagrante durante a manhã do incêndio e encaminhados para o Presídio de São Jerônimo.