A Justiça do Exército inocentou um jovem de 20 anos acusado de deserção em Santa Maria. Ele havia sido preso pelo crime em 28 de janeiro deste ano. A Polícia Civil descobriu, quando fez a prisão, que contra ele havia denúncias de pedofilia, sendo que a investigação concluiu que ele usou imagens pornográficas de uma menina de 11 para assediá-la em São Sepé.
De acordo com o coronel André Luiz Mariano Figueira Cruz, chefe do estado-maior do Exército na 6ª Brigada de Infantaria Blindada (6ª BIB), baseado em informações repassadas pela assessoria jurídica da instituição, o julgamento aconteceu em abril e que ele foi licenciado em maio.
Essa foi a segunda acusação que o suspeito enfrentou. O crime acontece quando o militar deixa de comparecer por mais de oito dias à unidade militar onde serve. Nesse caso, o jovem deixou de comparecer pela primeira vez em agosto de 2015 e depois no fim do ano à 29ª BIB, período em que cumpria o serviço militar obrigatório.
Na primeira acusação, foi condenado e respondeu em liberdade até dezembro do mesmo ano, quando recebeu um indulto que extinguiu a pena. Na segunda, a Justiça Militar entendeu que não havia materialidade que comprovasse a autoria do crime. Ele ficou preso até o julgamento, já que era considerado foragido. Agora, está livre.
De acordo com o delegado João Gabriel Parmeggiani Pes, o inquérito relacionado ao caso de pedofilia será remetido à Justiça, provavelmente, na segunda-feira (20).
A investigação apontou que o suspeito se aproximou da menina e manteve conversas com ela via WhatsApp, aplicativo pelo qual obteve as fotografias.
“Ele obteve imagens pornográficas dela dessa forma: conversando. Ela acabou se fotografando e mandando as imagens para ele por meio do WhatsApp”, disse.
A mãe da menina descobriu e fez a denúncia junto à Polícia Civil, que deu início às investigações e confirmou os crimes.
Caso seja condenado, ele pode cumprir até quatro anos de prisão. Na avaliação do delegado Pes, “é bem possível que ele cumpra alguma pena de prisão”, pois apesar de serem crimes praticados pela internet, “são graves”.