Foram mais de duas horas de discussão. Policiais que foram acompanhar a sessão da Câmara de Vereadores chegaram a ir embora, devido à demora. Mas o projeto que isenta o pagamento de passagem a brigadianos sem farda nos ônibus da Capital foi aprovado por 25 votos a favor e nenhum contra. O benefício ainda contempla os guardas municipais e os bombeiros. A medida foi saudada pelas categorias que, a partir de agora, pedem que a iniciativa seja ampliada.
"Agora temos mais uma batalha. Agora vamos contatar com as prefeituras, através das nossas regionais no estado pra que isso venha em benefício de todo policial militar", destaca o vice-presidente da Associação de Cabos e Soldados da Brigada Militar, Solis Paim.
Uma das emendas, de autoria da vereadora Fernanda Melchionna (PSOL) apresentadas à proposta e aprovada pelos parlamentares modificou um trecho do projeto. A matéria previa o benefício apenas para os soldados. Já a nova redação, contempla todos os militares de nível médio. Segundo o autor do projeto, vereador Cassio Trogildo (PTB), a emenda deve ser vetada pelo prefeito José Fortunati.
"A legislação não nos permite criar isenção. Por isso colocamos a isenção apenas para os soldados, o que foi modificado pela emenda", afirma.
A matéria seguirá para apreciação do prefeito José Fortunati (PDT) que terá 15 dias para se posicionar. A expectativa é de veto parcial, com a retirada do texto o trecho destacada por Trogildo. Nesse caso, a matéria volta para a Câmara para apreciação do veto.
Morte de policial
Márcio Ricardo Ribeiro foi atingido por sete disparos, sendo que seis acertaram o colete à prova de balas e um deles atingiu fatalmente a cabeça. O ônibus da linha Itapuã estava na Avenida Juca Batista, no Bairro Hípica no momento dos disparos. Por volta das 23h, dois suspeitos foram detidos na Lomba do Pinheiro, zona leste de Porto Alegre. Eles foram reconhecidos por testemunhas, por meio de imagens.