Uma mulher de 53 anos é a principal suspeita de matar o filho de 9 anos na madrugada desta sexta-feira (03), no Bairro Maria Regina, em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre. A mãe declarou à polícia que levou a criança ao hospital do município, nesta manhã, porque o menino passou mal. No entanto, ao constatar a condição da criança, que apresentava graves queimaduras pelo corpo, o hospital acionou a Polícia Civil.
Inicialmente, em depoimento à polícia, a mãe afirmou que preparava uma bacia com água para dar banho na vítima. No entanto, em um momento de distração, o outro filho, de 16 anos, e que também tem Síndrome de Down, despejou a água fervente no irmão, que veio a falecer. Em seguida, a mulher mudou novamente a versão apresentada aos policiais. Desta vez, segundo ela, a culpa pela morte da criança era do filho de 14 anos, que possui deficiência intelectual.
A polícia contesta as duas versões afirmando que o menino já estava morto há, pelo menos, quatro horas quando chegou ao Hospital de Alvorada. O delegado responsável pelo caso, Mauricio Barison Barcellos, disse que a mãe da vítima mudou diversas vezes depoimento:
"Ela disse que a criança chegou com vida, mas os próprios funcionários do hospital falaram que a criança chegou em óbito. Ela foi modificando as versões", explica.
A mulher foi detida em flagrante e está sob custódia na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Alvorada. Em seguida, será encaminhada à Penitenciária Feminina Madre Pelletier. A mãe possui oito filhos, mas apenas três moravam com ela, incluindo os dois com Down e o adolescente de 14 anos. O pai das crianças morreu há seis anos.
Gaúcha
Mãe é a principal suspeita de matar criança com Síndrome de Down em Alvorada
Menino de 9 anos apresentava graves queimaduras pelo corpo
Cristiano Goulart
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