Uma sequência de tumultos durante a tarde desta quinta-feira no Presídio Estadual de Carazinho, no Norte, deixou pelo menos seis presos feridos. O motim iniciado entre os detentos foi controlado. Um dos apenados, que foi atingido por um tiro disparado por um policial militar, está internado no Hospital de Caridade da cidade.
Aproveitando o horário de saída das celas da galeria A para o pátio, às 14h, um grupo de presos iniciou uma briga. Um deles feriu o outro usando um estoque. Os agentes penitenciários precisaram intervir e colocaram os 110 apenados da galeria no pátio para revista, com apoio de policiais militares que estavam nas guaritas.
Os feridos já haviam sido retirados do local para registrar a ocorrência quando foram liberados os presos das outras galerias para o horário de sol. Conforme o administrador do presídio, Valtair Assis de Oliveira, a situação já estava calma quando uma nova discussão teve início e um tiro de alerta de arma anti-motim foi disparada por um policial militar da guarda externa.
Voltou a ocorrer tumulto, e os presos brigaram entre si. Muitos tiveram lesões corporais provocadas por socos e chutes. Para controlar a situação, os seis agentes optaram por conduzir os presos para as celas.
- Os próprios presos pediram para voltar as celas, a situação poderia ficar bem mais complicada - conta Oliveira.
Isolados em uma cela, os apenados que deram início à briga passarão por um procedimento administrativo. Seis feridos foram medicados - um deles ficou internado no Hospital de Caridade. Na sexta-feira, um perito deve passar pelo Presídio para realizar exame de lesões corporais nos outros presos.
Apesar de ter capacidade para abrigar 90 presos em celas e 67 no albergue com regime aberto, o Presídio de Carazinho tem 328 apenados.
Motim no Norte
Sequência de tumultos deixa seis presos feridos em Carazinho
Confusões começaram no início da tarde, no horário de saída das celas
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