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A paralisação dos servidores da saúde afeta o atendimento em seis hospitais de Porto Alegre. O serviço é mais prejudicado no Hospital de Clínicas, onde os servidores decidiram cruzar os braços, nesta quinta-feira (27), por 48 horas. Nesta tarde, os funcionários impediram a entrada de pacientes na emergência e, parte das consultas marcadas também foram afetadas. Um caminhão que trazia o almoço dos servidores também foi impedido de entrar.
A comerciante Joice Camargo enfrentou uma viagem de 400km de Rosário do Sul até Porto Alegre para trazer a mãe de 79 anos para uma consulta, mas por causa da greve foi mandada para casa.
"Viajamos seis horas para nada. Minha mãe teve uma esquemia e está com problema no coração, e agora eles reagendaram só para agosto, é um absurdo isso", lamentou.
O mesmo ocorreu com Erni Schardonim, que veio de Alvorada para trazer o filho de 12 anos para a emrgência do Cristo Redentor e foi encaminhado para um postom de saúde por não se tratar de um caso grave.
"Meu filho caiu e machucou o braço, está com muita dor. Lá em Alvorada não temos traumatologia no SUS, então tive que vir até aqui e ainda me mandaram para outro lugar", afirma.
Funcionários do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) declararam greve, nesta quinta, por tempo indeterminado. Eles bloquearam a entrada dos hospitais Fêmina, Cristo Redentor e Conceição.
Na emergência do Hospital Conceição, todos os pacientes estavam sendo atendidos, com longa fila de espera. Já no Cristo Redentor, atenderam apenas casos graves. As paralisações se somam a atos dos hospitais de Pronto Socorro e Presidente Vargas, que seguem atendendo somente casos graves até a manhã desta sexta-feira (28).
O Sindicato dos Trabalhadores em Saúde cobra, entre outras coisas, reajuste salarial acima da inflação, melhores condições de trabalho e unificação nos valores de vale-refeição.