Uma mobilização de estudantes e professores na Ilha Grande dos Marinheiros, em Porto Alegre, esvaziou as aulas da Escola Estadual de Ensino Fundamental Alvarenga Peixoto e as atividades do Centro Social Marista Águas nesta quinta-feira (6). Com outros moradores, protestaram contra os buracos nas vias da região.
Eles reclamam que a Rua Nossa Senhora das Graças está sem condições de tráfego para ônibus e vans escolares. Na quarta-feira (5), um dos veículos que transportava alunos ficou atolado.
— Os ônibus estão correndo risco de virar. Não há condições de transportar nossos alunos. A comunidade se reuniu para exigir do poder municipal que faça alguma coisa — afirmou Dóris César Alves, diretora do colégio de aproximadamente 400 alunos.
Caminhando lado a lado nesta quinta, professores e alunos gritavam "queremos a patrola" e seguravam faixas com frases como "nossa Ilha pede socorro", "todas as crianças têm direito de ir e vir" e "disque 156", em alusão ao número da prefeitura para solicitar serviços.
Segundo o diretor do Centro Social Marista, irmão Diego Lunkes, a situação piorou há cerca de três semanas. GaúchaZH circulou pela região e constatou que a pior condição é da Rua Nossa Senhora Aparecida, a via que liga a instituição até a escola estadual. A comunidade chegou a colocar algumas pedras para tapar buracos.
— Essa via é importante para nós porque a maioria dos alunos faz turno inverso no centro social. É o local onde comem, fazem oficina de esporte, informática, dança e percussão, além de terem aula de literatura. (Recuperação da via) é uma medida importante para não ficarem na rua — relatou Lunkes.
A comunidade diz que ligou ao menos 15 vezes para a prefeitura nas últimas semanas para conseguir o serviço.
Por volta das 9h, a patrola da prefeitura chegou ao bairro e começou a tapar os buracos na via. Segundo a Divisão de Conservação de Vias Urbanas, o serviço já estava previsto e não foi feito antes por causa das condições climáticas. Com a chegada do maquinário do Executivo, os gritos de "ola, ola, ola, queremos a patrola" pararam e foram substituídos por uma breve comemoração.