Enquanto o cálculo prévio da Associação dos Transportadores de Passageiros de Porto Alegre (ATP) aponta para uma tarifa técnica de R$ 4,30 nos ônibus, a Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) faz projeções considerando três cenários – o valor mais alto é R$ 4,05. Os representantes dos empresários entregaram o estudo na sexta-feira ao prefeito Nelson Marchezan, e a administração municipal divulgou os valores nesta segunda.
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O primeiro cenário calculado pela EPTC é sem reajuste dos rodoviários: a passagem ficaria em R$ 3,95, frente aos atuais R$ 3,75. Caso haja reajuste de 5,15% parcelado em duas vezes (fevereiro e agosto), o valor subiria para R$ 4. E, com reajuste de 5,15% pago de forma integral em fevereiro, o valor seria R$ 4,05. A EPTC afirma que o o dissídio dos rodoviários foi estimado em 5,15% baseado na projeção do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de fevereiro de 2016 a janeiro de 2017.
Conforme a prefeitura, uma equipe do Tribunal de Contas do Estado (TCE) acompanhará desde o início as tratativas para definição do novo valor. Marchezan anunciou para os próximos dias uma consulta pública sobre itens que impactam no preço da passagem, como benefícios, gratuidades e descontos.
Depois de definido o dissídio dos rodoviários, com data-base em 1º de fevereiro, a ATP encaminhará solicitação de reajuste à EPTC. A empresa pública fará levantamentos para determinar qual a tarifa técnica, e o processo de reajuste será encaminhado ao Conselho Municipal de Transportes Urbanos (Comtu). Após os conselheiros votarem sobre o reajuste, o resultado é levado ao prefeito.
Composição do valor da passagem:
- 49% de despesa com pessoal
- 22% de despesas variáveis (combustível, lubrificantes, pneus e recapagens)
- 9% de lucro, 6% de depreciação de capital (renovação da frota)
- 5% com a manutenção da frota
- 5% em tributos (alíquota federal lei 12.715/12 e custo de gestão da Câmara de Compensação Tarifária)
- 4% com despesas administrativas.