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A prefeitura de Porto Alegre constituiu um grupo responsável por fazer uma inspeção na Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc) para apurar denúncias de pagamentos indevidos à empresa Multiágil. O objetivo é verificar os contratos de fornecimento de mão de obra de técnicos de enfermagem e enfermeiros nos abrigos da Fundação. O grupo terá 30 dias para concluir os trabalhos.
No começo de outubro, o Ministério Público (MP) cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da fundação, na empresa Multiágil e em mais cinco residências dos investigados. O promotor Tiago Moreira da Silva afirmou que abrigos da Fasc ficavam sem enfermeiros e técnicos em enfermagem por períodos longos, prejudicando, por exemplo, o atendimento de crianças e idosos.
De acordo com o MP, a prefeitura já deveria ter realizado concurso público para estes cargos desde 2012, quando foram assinados os contratos emergenciais com a Multiágil, que foram renovados por sete vezes.
A prefeitura também instaurou inquérito administrativo para apurar responsabilidades nas falhas na fiscalização do contrato da Fasc com a Multiágil.
No último dia 10, foi publicado no Diário Oficial de Porto Alegre o indiciamento do servidor da Fasc Jonatas de Freitas Silva. Outra portaria, do dia 6, também indiciou o ex-diretor administrativo da entidade, Miguel Antônio Barreto.
Nesta quarta-feira, Jonatas de Freitas Silva foi ouvido. Amanhã ocorrerá a oitiva de Miguel Barreto.