Utilizando crachá da vigilância sanitária de Porto Alegre, um homem enganou nesta sexta-feira um casal de idosos e uma funcionária para conseguir entrar na casa das vítimas, localizada na Rua Machado de Assis, no bairro Jardim Botânico, na Capital.
Eram por volta de 11h quando o falsário chegou à residência dizendo querer passar orientações de combate à dengue. Agindo como vigilante, ele entrou no imóvel e passou a inspecionar o local, relatou a funcionária, que pediu para ter seu nome preservado:
– Ele se identificou como agente da prefeitura e começou a fiscalizar toda a casa, pediu até para subir no telhado. Só depois que desceu, ele disse que era um assalto. Falou que não iria fazer mal para nós, mas que teríamos que colaborar. Aí, levou a gente para o quarto e roubou tudo o que conseguiu. Ele nos algemou com uma fita e levou uns 20 minutos para sair.
O criminoso fugiu em direção à Zona Norte levando um veículo Cruze preto do casal, cerca de R$ 2 mil em dinheiro e joias. Ninguém se feriu. A Polícia Civil irá investigar o caso.
Conforme a Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os cidadãos devem exigir a identificação do agente antes de permitir qualquer tipo de acesso. A pasta orienta que qualquer atitude suspeita seja imediatamente comunicada à polícia. Ainda conforme o secretaria, não há confirmação de que o documento utilizado pelo falsário se trata de fato de um crachá da vigilância sanitária, pois inexiste registro de furto ou desaparecimento de unidades da identificação funcional.
A secretaria cogita a hipótese de o falsário ter utilizado um crachá qualquer dizendo ser da vigilância.
Cautela ao receber visitantes pode evitar surpresas
Para não ser surpreendido em casa por um ladrão se passando por prestador de serviço, especialistas recomendam que é preciso estar atento a alguns detalhes importantes. O gerente comercial da Rudder, empresa privada de segurança, Miguel Louzado Júnior, alerta para que o morador nunca se exponha à pessoa que bate à porta:
– É recomendável manter uma distância razoável para que ele (o visitante) não possa apontar uma arma branca ou um revólver.
Louzado aconselha também que o morador ligue para o empregador confirmando a credencial de quem está no portão.
_ Se não há um agendamento prévio, o ideal é nunca receber. Pega o contato e liga para a empresa, órgão ou entidade responsável e marca uma nova data ou horário – complementa.
Como identificar um agente de saúde
Todos os agentes comunitários de saúde e de endemias (que fazem controle de doenças como a dengue, por exemplo) da prefeitura de Porto Alegre usam coletes nas cores azul ou bege.
Neles, consta a identificação dos órgãos em que o agente trabalha. Na parte frontal direita dos dois coletes, na altura do peito, está o símbolo da prefeitura da Capital. Ao lado, está estampada a sigla do Instituto Municipal de Estratégia de Saúde da Família (IMESF).
Na parte de baixo do uniforme, constam a cruz e a sigla do Sistema Único de Saúde (SUS).
Às costas do colete bege está escrito Agente de Combate às Endemias, logo acima da sigla IMESF. Já na parte de trás do colete azul, pode ser lido Agente Comunitário de Saúde. A identificação também acompanha a sigla IMESF.
A prefeitura garante que todos os agentes municipais são orientados a se identificar prontamente aos moradores antes de solicitar acesso a residências ou terrenos. Ainda de acordo com a SMS, os funcionários exibem o crachá de identificação com nome e órgão a que pertencem. Ele é branco e contém foto e nome do seu portador. Na dúvida, peça para que o agente apresente um documento.
*Com informações da Rádio Gaúcha