O protesto contra o governo federal neste domingo, em Porto Alegre, aparentemente teve muito dinheiro como suporte. Foram gravados e reproduzidos jingles contra Dilma Rousseff e o PT, e distribuídos tinta, adesivos, camisas e apitos. Dois carros de som foram usados. Nitidamente, com predomínio da classe média alta. Mas não houve defesa ou manifestação de apoio a nenhum partido ou candidato.
Manifestações ocorreram nas principais capitais do país e também em cidades do Interior. Em São Paulo, a Polícia Militar estima que 1 milhão de pessoas esteve na Avenida Paulista para se manifestar contra o atual governo. No Rio de Janeiro, o ato ocorreu pela manhã, na praia de Copacabana. Houve manifestações em Belo Horizonte, Brasília, Recife, Manaus, Salvador, Curitiba e outras capitais, além de cidades do interior gaúcho, de Santa Catarina e de São Paulo.
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A organização estima que cem mil pessoas tenham participado do ato. O grupo se reuniu às 14h e, por volta das 16h, começou a se deslocar. Eles caminharam pela Avenida Goethe e pelas ruas Vasco da Gama e Oswaldo Aranha. Depois, uma parte foi para a Redenção, mas a grande maioria voltou ao Parcão.
- Quero a reforma política e sou contra o atual governo. Tem que sair o governo - afirmou o manifestante Noris Freitas.
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A todo momento, a organização usava os microfones para dizer que não queria intervenção militar, e sim o PT fora do poder. Uma mulher com cartaz pedindo intervenção militar foi hostilizada pelos participantes, vaiada e xingada. Mas, em geral, foi um protesto pacífico, sem relatos de agressão ou conflito.
Entre os manifestantes, o principal pedido era por impeachment de Dilma e reforma política. Muitos cartazes em defesa da Petrobras, criticando a corrupção, pedindo mais saúde e educação.
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- Participei das passeatas que derrubaram o Collor, e agora minha filha vai ajudar a tirar a Dilma. A Dilma não cumpriu o que prometeu, o país tá cada vez pior - disse Milene Mota, que levou a filha Emili Mota o genro Luan Correa à manifestação.
Em sua maioria vestidos com verde e amarelo e com a cara pintada, havia manifestantes de todas idades, principalmente dos 25 aos 40 anos. Antes do deslocamento, a BM interditou a passarela sobre a Goethe em frente ao Parcão, pois balançava muito.
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