A proposta da tarifa única para os ônibus do eixo norte da Região Metropolitana não tem data para entrar em vigor. Os novos preços das passagens começariam a valer na próxima segunda-feira (13). O projeto da Fundação Estadual de Planejamento Metropolitano e Regional (Metroplan) foi aprovado em dezembro pelo Conselho de Transporte Metropolitano, por unanimidade. O impasse se deu por uma questão de competência legal: a Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) defede que a mudança nas tarifas cobradas por serviços públicos concedidos deve ser avaliada pelo órgão.
Na manhã desta sexta-feira (10), a direção da Metroplan se reuniu com representantes da Procuradoria-Geral do Estado (PGE), que alertou para o prejuízo da judicialização do problema. De acordo com o superintendente da Metroplan, Oscar Escher, a intenção é chegar a um acordo com a agência.
Mudança na tarifa
A intenção da Metroplan é unificar duas tarifas: a de deslocamento entre as cidades de Canoas, Esteio, São Leopoldo, Sapucaia do Sul e Novo Hamburgo, que seria de R$ 2,65, e a de deslocamento dessas cidades para Porto Alegre e da Capital para esses municípios. O valor da passagem, nesse caso, seria de R$ 3,15. O sistema atende diariamente a 100 mil pessoas. Confira os valores atuais das tarifas e veja como ficará o transporte da região com a mudança.
Análise da Agergs deve ser rápida
Na semana que vem, a Metroplan deve apresentar o projeto de simplicação da tarifa na Região Metropolitana à Agergs. De acordo com o presidente da agência, Carlos Martins, a análise desse tipo de processo pode levar de 30 a 40 dias. Contudo, garante que o órgão tem a intenção de acelerar o processo.
A expectativa é que se chegue a um consenso até o final de janeiro.
Integração do trasporte
A intenção da Metroplan é realizar a integração do transporte metropolitano com o transporte urbano dos municípios da Região Metropolitana. Segundo o superintendente Oscar Escher, a tarifa única foi construída após diálogo com representantes de todas as partes interessadas. O diálogo também previu o compromisso das empresas que operam o serviço com a renovação da frota. Conforme Escher, a idade média dos ônibus é de 12 anos. Somente neste ano, 20 novos veículos deverão ser adquiridos.