Desde 1998, Porto Alegre está em primeiro lugar no ranking de incidência da AIDS no Brasil. O Boletim Epidemiológico DST Aids, feito pelo Ministério da Saúde, leva em consideração municípios com mais de 50 mil habitantes. Estima-se que 20 mil moradores da Capital são portadores do vírus HIV e que 14 mil apresentam os sintomas da Aids. O índice na população de Porto Alegre é de 2%, enquanto entre brasileiros é de 0,6%. São 99,8 casos por 100 mil habitantes. Na média nacional, a proporção da infecção é de 17,9 por 100 mil habitantes.
A doença é classificada pela prefeitura como epidemia. Um plano de enfrentamento do vírus, elaborado pelo executivo municipal e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD - Brasil), foi lançado nesta terça-feira (19). A incidência do HIV foi mapeada, e órgãos e instituições foram selecionadas para a realização de estratégias de combate, que envolvem prevenção, diagnóstico e tratamento da Aids. O foco é voltado para gays, travestis, transexuais e mulheres, além de homens que fazem sexo com outros homens (HSHs), público em que o vírus atinge de mais de 15 %.
Segundo o prefeito José Fortunati, a vulnerabilidade dessas populações tem origem em vários fatores, incluindo aspectos sociais e culturais como a discriminação e a violência baseada em gênero e orientação sexual, que impedem o completo exercício do direito à saúde.
Entre os cem municípios brasileiros com maior número de casos por habitante, 14 são da região metropolitana de Porto Alegre. Na Capital, a maior incidência está localizada nos bairros Partenon e Rubem Berta.
Gaúcha
Porto Alegre lidera há 15 anos ranking de incidência do vírus HIV no Brasil
Plano de enfrentamento da epidemia foi lançado pela prefeitura nesta terça-feira
Daniel Fraga
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